A primeira pergunta que você pode estar fazendo ao pesquisar sobre este tema é saber se este tumor é maligno. Fique tranquilo. O neurinoma do acústico é um tumor benigno da bainha que envolve os nervos do labirinto. Você pode ler mais a respeito em nosso outro post.
Hoje, falaremos sobre os sintomas que este tumor pode ocasionar. Alguns indivíduos podem ter o tumor e não apresentar nenhum sintoma. Não é surpreendente? Nesta circunstância, o diagnóstico é feito durante uma Ressonância magnética realizada por algum outro motivo, por exemplo, após um trauma craniano em acidente.
Por envolver os nervos do labirinto e o da audição, inicialmente os sintomas podem começar com um pouco de tontura. Geralmente, esta tontura desaparece ao longo do tempo pois o organismo se adapta a esta nova situação com o tumor.
Mas, o que geralmente ocorre e que leva o individuo a procurar assistência médica é a perda auditiva em um dos ouvidos. A perda auditiva não tem características bem definidas. Ela pode ser intensa ou leve; afetar a capacidade de ouvir sons agudos ou graves; ou ainda ser lentamente progressiva ou súbita. Portanto, não há um padrão.
O paciente pode ter ainda a presença de zumbidos no ouvido afetado e com características muito diferentes de uma pessoa para outra.
Vale lembrar que estes sintomas geralmente aparecem quando o tumor tem um tamanho pequeno menor do que 2 cm. Quando o tumor ultrapassa esta medida e passa a afetar o tecido cerebral, a pessoa pode se queixar de dor de cabeça, dor na face, instabilidade e, até mesmo, dificuldades para engolir os alimentos a medida que o tumor cresce. Todos estes sintomas surgem por compressão dos nervos cranianos e o cerebelo,
que estão próximos ao tumor.
Não menos importante, o aparecimento de paralisia facial pode ser súbita ou se instalar lentamente, o que é mais comum.
Diante destes sintomas, o otorrinolaringologista fará o exame clínico e depois solicitará alguns exames como:
1. Testes auditivos (audiometria e impedanciometria)
2. Testes do nervo coclear (auditivo) – BERA
3. Teste do labirinto (exame otoneurológico e vHit)
4. Testes de potencial evocado miogênico cervical (cVEMP)
5. Ressonância magnética
Mas é necessário fazer todos estes exames? Não! Cada caso deve ser avaliado individualmente e os exames solicitados de acordo com os sintomas e o planejamento terapêutico.
Sobre o tratamento, vamos deixar este assunto para um próximo post.
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